domingo, 16 de dezembro de 2012

Quando meu coração descompassa, eu penso ser esperança e é medo, a respiração pausa, eu me lembro de que estou vivo, balanço a cabeça, olho para o lado, abro a janela, sinto o frio, a chuva lá fora, quase noite, eu me volto para dentro, como um biscoito, bebo água, bato levemente a mão em minha face, inalo o cheiro do perfume restante na gola da camisa ainda limpa, sonho um beijo, um afago, uma lembrança de alguém a me querer bem algures, acredito que tudo pode dar certo, novos tapinhas na face, mais água, mais biscoito, música, livro, lembranças, estou vivo e é quando meu coração descompassa.