dias que não vivi
Pulsou-me um frêmito flamejante
uma manhã bateu-me forte
depois que eu cai da cama
esbofeteou-me com uma rosa
Assaz triste deixou-me o sonho
por que passei na vívida noite
Por estradas eu corria aturdido
acordei afogado em misérias
Quase perdi minha bússola
Quisera eu perde-la
Quase afundei-me no limbo
Quase parti-me ao meio
Nos olhos da atriz mediana
nas visceras d'uma escultora
desafinada violonista...
perdi-me do meu caminho
Ando a sentir desatinos,
por alamedas de tormentos
tracei inúmeros sentidos
joguei-me para fora deles.