sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Desandado

A sentir desatinos
dias que não vivi

Pulsou-me um frêmito flamejante
uma manhã bateu-me forte
depois que eu cai da cama
esbofeteou-me com uma rosa

Assaz triste deixou-me o sonho
por que passei na vívida noite
Por estradas eu corria aturdido
acordei afogado em misérias

Quase perdi minha bússola
Quisera eu perde-la
Quase afundei-me no limbo
Quase parti-me ao meio

Nos olhos da atriz mediana
nas visceras d'uma escultora
desafinada  violonista...

perdi-me do meu caminho

Ando a sentir desatinos,
por alamedas de tormentos
tracei inúmeros sentidos
joguei-me para fora deles.