Somos todos feios
nas Humanidades
com línguas soltas
bonés e calças rotas
peles flácidas
anti-atléticos
entre esquálidos
barbudos pálidos
Carecas malvados
jovens míopes
velhos cansados
amarelados cínicos
Bigodes pardos
sabem a cigarros
supersticiosos ateus
em densos cavanhaques
Autoridades do verbo
solenes improvisações
causam-me riso as saias
das mulheres sem batom
Autocratas enrustidos
vertem maus-cheiros
doutores raivosos
sobre livros mofados
Somos todos feios
fedidos malquistos
sob os escombros
das Humanidades.