sexta-feira, 15 de junho de 2007

Devo revelar que sou um santo
acrescentar que me deito
às oito e meia e acordo
ao meio dia
na manhã de sonho
eu pavoneio
por devaneios precisos
torno-me divino
evoluo pelo espírito

se sonho, eu canto
se abro os olhos
é cedo e engulo flores
para sentir melhoramentos
o revestir certos instantes
com a alma da poesia.
Assim, de mim espere nada
do que se espera da formiga
minha guerra, hibernação
minha paz, cantoria

Novamente ao entardecer
incito-me a caminhar
pela via do meu sono.
Os mistérios da divindade
aparecem pela madrugada
madrugar para Deus é estar
atento no avesso das horas
portanto sou um santo,
gravo aqui esta certeza
pela lua confirmada.