Há uma dor e ela permanece
oculta, lastimável nas entranhas,
em pesadelos, ave monstruosa,
senhora da fadiga. É esta a dor
que soletra um perene alarido ao poeta,
seca-lhe a garganta, borra seus sentidos
Fecha a estrada para outros versos,
que não aqueles mesmos versos tristes.
Se a dor é mãe da poesia
de onde florescem áridas sensações
por estas, ao poeta o ressarcimento
e seus enfeites do caixão, no último dia
O poeta opera beleza com padecimento
em face dela, o que resta é fantasia
Vale mais a memória d'um artista
que novas e utilíssimas tecnologias.
oculta, lastimável nas entranhas,
em pesadelos, ave monstruosa,
senhora da fadiga. É esta a dor
que soletra um perene alarido ao poeta,
seca-lhe a garganta, borra seus sentidos
Fecha a estrada para outros versos,
que não aqueles mesmos versos tristes.
Se a dor é mãe da poesia
de onde florescem áridas sensações
por estas, ao poeta o ressarcimento
e seus enfeites do caixão, no último dia
O poeta opera beleza com padecimento
em face dela, o que resta é fantasia
Vale mais a memória d'um artista
que novas e utilíssimas tecnologias.