quarta-feira, 23 de abril de 2008

Cartão de Cláudia Jussan sobre poema meu








Manter as telhas sem termos mortas
as mães nossas e seus fiéis corações
limpar da vida corruptíveis paixões
usufruir da liberdade os entes vivos

e segui-las, rotas de paredes e portas
descobrir a morte como uma centelha
que voa do inferno ao paraíso infindo
dois dos nossos melhores objetivos

Alcançar a áspera e velha superfície
e nela roçar as costas como um cão

Talvez as coisas verdadeiramente nobres
estejam num imenso baú de rimas pobres.